A Salamandra
João Calazans Filho
A Salamandra
Quando Zé Turrão arregimenta um pequeno exército de homens corajosos, virtuosos, para enfrentar o temperamento criminoso de Leonardo Guerreiro, estabelece nesse momento um desejo em combate o crime seja ele de qual tipo for.
Os conflitos celebrados em A Salamandra não fogem aos atuais e, a corrupção, violência e escravagismo vigoram socialmente e construindo paradigmas para a sua solidez. Não podemos deixar um facínora como Leonardo Guerreiro tomar física e politicamente a nossa região – dizia fervorosamente Ribeiro Vargens a um prefeito fraco e sem excelência na forma de fazer gestão pública de qualidade. Do outro lado, Dona Ana lutava para desenvolver o IDH dos seus trabalhadores que habitavam na Fazenda Boa Esperança – Ribeiro, essas pessoas cultivam o fruto do alimento mais conhecido do mundo, o chocolate e muitos deles nunca experimentaram um pedaço de barra dessa iguaria. A contrariedade de Dona Ana é um sentimento global, onde pessoas produzem alimentos e morrem de fome sem ter o alimento que produz, mais um pouco a frente vemos pessoas que consomem Chocolate e não conhecem o fruto que dá a sua origem e o perfil antropológico das pessoas que o produz. A Salamandra é uma mistura de sonhos, desejos e tenacidade dos pequenos illuminatis tupiniquins, grupo que figuram no contexto como justiceiros. Ao sentirem o peso do crime crescendo em sua cidade, tomaram a justiça em suas mãos, ante a ausência de ação e efetividade das forças policiais na terra do cacau. Ainda nessa bela história, Ribeiro Vargens desnuda a Salvador da belle époque da década de 80, ao levar ilustre vereador do seu circulo político para conhecer o que de melhor Salvador oferecia em tempos de Regine´
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